quarta-feira, 7 de abril de 2010



O quadro.
O quadro na parede da sala,
parecia ter vida, nele estampado estava
sua alma, minha querida...

Todo doce veneno do teu olhar,
sua alva tez luzia em reflexos de luz,
tuas lindas madeixas, cobriam teu busto nú...

Teus olhos... Ah, lindos olhos azuis...!!!
expressavam agora, em branco e preto,
toda magia e encanto dos teus sentimentos...

Me buscavam em todo canto da sala,
e quando eu te fitava,
eles estavam sorrindo...

E teus lábios deixam à mostra,
movimentos de tenra doçura,
e nestes sutis momentos...
ouvia tua voz... Loucura...!!!

Os mesmos profanos desejos,
invadiam minha alma,
e num gesto alucinado, abraçava o quadro,
querendo adentrar na moldura...

Foi quando acordei banhado de suor
estava nú, inda exitado, com os lençóis desarrumados
e os travesseiros pelo chão...
corri prá sala, lá estava o sorriso nos olhos
a estender-me os braços com rosas na mão...

volvi ao quarto, peguei os travesseiros a arruma-los,
Notei a fragrância de seu perfume preferido,
Trouxe os travesseiros ao meu rosto
e preso em meu grito, comecei a chorar...
A saudade me fora um lindo sonhar...
o que sinto é tão forte e tão louco,
que seu cheiro está em todo nosso lar;
não adianta fugir, só me resta esperar...
Enquanto cativo for, deste mundo,
meus anseios, minha vida...
estarão em outro lugar...

Jorge Augusto. Em:22/03/2010.

Amigos, Os tenho.

Amigos, é como o sopro da brisa,
que toca suave na alma e ameniza,
as dores e os tormentos da vida...
haja vento ou apenas o ar de meus movimentos,
amigos, eu os respiro...!!!

Entram na alma sem pedir licença,
vão se alojando, se jogando, se espalhando...
Quando menos esperamos... Já estão morando....!!!
São de uma cara de pau sem precedentes,
Se íntimos...!!! são despudorados e indecentes...
Se são mais tímidos...!!! enchem o saco dos inocentes,
estão sempre a nos chamar, dando esporro na gente...

Todos os amigos, os tenho no peito,
são pedras brutas que lapido...
uns, destroçam suas almas,
Outros, são mais sabidos...
buscam o Espírito em seus juízos,
revestindo-se de amor,
nas afinidades em ciso...

E assim vamos ministrando amor...
Amado e doce amigo, ame-se com maestria,
Siga os compassos do espírito
e deixe-se fluir e te acharás em sintonia,
vibrando num mesmo plano,
transmutando as diferenças,
para uma convivência sadia...

Jorge Augusto, Em:27/03/2010.

Desencontros.


Trouxe minha alma em movimento...
Atirei flores ao vento...
Me despi de todas as fantasias,
Para perecer num mundo de ilusões,
Sentidos e almas vazias...
Libertei meu amor...
que de cativo em mim mesmo, deixei-me expor...
Sou mesmo um louco sensitivo, escravo da dor...
dou-me aos desprovidos,
despercebidos, por onde for...
Se ativo mentes ignorantes,
também desvendo os segredos da flor...
Que n'alma virtual padece,
choros compulsivos de horror...

Abri meu ser, em reais movimentos,
Inspirei meu canto, exalando harmonia...
esperando que almas desencontradas,
Se mesclassem e dançassem a mesma melodia...

Relegado fui a segundos ou terceiros,
Nunca me vi primeiro em teus sonhos azuis...
Me dei por inteiro, energizei sua alma,
e tu me escondeste a tua LUZ...

Hoje, somente os sonhos são subjetivos,
deixei prá trás realidades ou restos de fantasias
que me atropelavam a alma, por falta ou por excesso
de conhecimentos de minhas verdades vazias...


Jorge Augusto. Em:26/03/2010.



Texto Poético.

Desejos...

Outro dia... Meus pensamentos eram de liberdade... Engraçado, me sinto preso... Preso como se fora outra pessoa pedindo e clamando um aconchego, um cheiro, um beijo... Daí...!!! Me pego levitando em desejos, flutuando por sobre águas de cristais, te encontrando dentro de mim e te amando intensamente... Será loucura...??? Não... Não Creio, Simplesmente estou a amar-me loucamente a navegar em tuas lembranças, a acariciar-me o ego, que me cobra tua presença... Sim, esta paixão que surge, assim tão derrepente, mas que vai maturando nossas almas tenramente, a nos apreciar-mos em cada detalhe, neste mesclar de encaixes perfeitos.


Jorge Augusto. Em: 27/03/2010.



Ilusõoes e fantasias.

Para o lado etéreo desviei minha sorte,
bem longe, tão distante da morte da vida,
Que as estrelas em ciranda, brincavam
com minha alma em felicidade adormecida...

Vagando sonolento em meus sonhos,
lá estava eu a balbuciar palavras fingidas...
a escutar minhas palavras delirando,
o que a morte ganhara com a vida...

E nos poucos instantes de lucidez,
minha alma em tua porta batia...
a te buscar minhas verdades insanas,
nas mentiras de tua vida vadia...

Me tocavas de dentro prá fora,
como a uma fera louca que rugia...
desdenhavas meu amor com despreso,
e me buscavas quando eu partia...

Era uma prova malvada, de pura covardia,
enquanto tu choravas
os perdões já manifetos... eu sofria...
mas não arredava os pensamentos,
que quando tu vinhas, eu ja me ia...

Sabendo que de incertezas oníricas,
já me bastavam meus dias...
e quando as noites chegavam,
na minha cama teu corpo não mais existia...

E foi-se as ilusões e fantasias...

Jorge Augusto. Em:07/04/2010.

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